O ano de 2019 representou um grande divisor de águas na vida de centenas de jovens beneficiados com o Projeto Robot em Ação, uma realização da Ufersa em parceria com a Petrobras. O fato de participar das atividades do Robot já é considerado uma grande conquista, mas imagina viajar e representar o projeto em atividades e competições regionais dentro da área da robótica educacional.
Desde meados de novembro que 23 pessoas ligadas ao projeto Robot estão numa grande preparação para participar da First Lego League, ou simplesmente FLL, que desafia crianças e adolescentes de 9 a 16 anos a encararem problemas da sociedade moderna, trabalhando em times de dois a dez integrantes e inspirando-se em valores como respeito, ganho mútuo e competição amigável. A competição vai acontecer nos dias 13 e 14 de dezembro no SESI de São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal.
A comitiva do projeto Robot que vai participar da FLL reúne bolsistas e estudantes de Robótica do projeto de três escolas públicas de Mossoró. Já estão com a viagem confirmada alunos das Escolas Estaduais Trinta de Setembro e Hermógenes Nogueira Costa e também uma equipe de estudantes da Escola Municipal Jerônimo Rosado, da comunidade do Piquiri, zona rural de Mossoró.
Guilherme Gomes, de 13 anos, Jeane Freitas, 14, Ketylyn Paiva, 12, e Julia Emily Santos, de 16 anos, formam a equipe “Robot Fu Panda” do Piquiri. O quarteto vai representar a Escola pela primeira vez num evento de porte regional e também terá a oportunidade de viajar para uma capital. Dos quatro alunos, dois nunca saíram da comunidade rural que vivem, como é o caso do Guilherme. “Será uma grande experiência e a gente tem essa missão de colocar os robôs no tapete e ser bem avaliado pelos juízes”, explicou o jovem.
Quem também está de malas prontas para viajar é o estudante Samuel Lopes, de 13 anos. Ele é aluno do 7º ano da Escola Estadual Trinta de Setembro e capitão da equipe “Robot Tunes” composta por 5 estudantes. Samuel sabe que para ter um bom resultado na FLL é necessário preparação e empenho. É por isso que o capitão mirim não perde tempo e está num ritmo intenso de treinamento com os robôs. “Estamos nos preparando às quartas e quintas, durante as aulas do projeto na Escola e, aos sábados, estamos vindo para a Ufersa para fazer a preparação aqui”, explicou.
Independente do resultado do torneio, as equipes do Robot já são campeãs em gerar oportunidades como esta para crianças e jovens de escolas públicas, inclusive de regiões mais remotas dos grandes centros
Na FLL, os estudantes terão que montar robôs baseados na tecnologia LEGO Mindstorms, que devem ser programados para cumprir uma série de missões. Anualmente, a competição tem um tema no qual as equipes precisam realizar um projeto de pesquisa e que também norteia as missões para os robôs. Em 2019 o tema é “City Shaper”, relacionado a “cidades inteligentes”.
O projeto Robot em Ação terá 3 equipes na FLL. Uma curiosidade do torneio é que as avaliações não estarão relacionadas apenas a realização das missões na mesa com os robôs, também será avaliado o Projeto de Inovação, o Design do Robô e Core Values, que verifica o comportamento das equipes, como colaboração, espírito esportivo, troca de ideias com outras equipes e etc. E quanto a isso, vale destacar que as equipes do Robot têm trabalhado em conjunto com as três equipes do PENSARE, que é o Projeto de Extensão de Ensino Através da Robótica Educacional também da Ufersa.
Para o coordenador de Robótica do Robot em Ação, o professor Sílvio Fernandes, as equipes do Robot estão se preparando bem para o torneio e a expectativa é voltar com bons resultados. “Estamos confiantes que teremos um bom desempenho. Independente do resultado no torneio, a equipe do Robot já é campeã em gerar oportunidades como esta para crianças e jovens de escolas públicas, inclusive de regiões mais remotas dos grandes centros e alguns casos com grandes vulnerabilidades socioeconômicas”, finalizou o professor.